quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pronto, falei.

Por mais que os mais velhos discordem, ser adolescente pode ser muito divertido. Claro que quase nenhum pensa assim, mas é sério, é algo curioso.
Penso que todos os meus poucos leitores já tenham passado - ou estejam passando - por essa fase, então vão compreender ao menos um pouco do que quero dizer.
Não é nenhuma novidade dizer que sinto-me um pouco deslocada. Penso que a maioria das pessoas já se sentiu assim. No entanto, a gente dá um jeito de parecer menos consigo mesma e mais com as pessoas que te rodeiam, e assim fazer algumas amizades. São poucas as sinceras, cem por cento confiáveis, que nascem sem nossa interferência. Muito poucas.
É por isso que ando me dedicando a estudar a mente de algumas pessoas. O modo de falar, pensar, agir, vestir, viver. E os resultados têm se tornado valioso aprendizado.
Pense numa menina de 14 anos e logo terá um ser com uma franja enorme e lisa, uma camiseta do Restart e talvez (e muito talvez mesmo) um livro de Crepúsculo na mão. Não, não. Esquece o livro. Um pôster de Taylor Lautner na mão.
Eu, até muito recentemente, julgava essas pessoas de modo injusto. Tinha a opinião formada de que "quem gosta de Restart é infantil", por exemplo. Bom, talvez seja mesmo, mas cada um desses fãs tem uma personalidade diferente.
Por mais que eles tentem negar usando roupas iguais, penteados iguais, falem igual e gostem da mesma banda, cada um é único. Cada um teve uma criação diferente, com diferentes influências e sob diversos prismas da sociedade.
Por mais que nós tentemos nos encaixar em um grupo, nos auto-rotular roqueiros, emos, populares, excluídos, alunos, filhos, loiros ou morenos, de que isso vale?
Por mais que queiramos saber o que somos, acho que apenas um rótulo nos cabe: seres humanos.
De volta ao tema inicial, estou percebendo que era verdade quando diziam que a adolescência é a fase em que começamos a "entender" o mundo e tentamos "entender" o que somos. Não sei se isso dura para sempre ou se é mais intenso agora, mas quero curtir o máximo que eu puder. Porque, querendo ou não, é a hora em que tenho que procurar saber o que gosto de fazer, o que gosto de verdade, porque é nisso que vou me empenhar no resto da vida.
Cada pessoa nesse mundo é única. Não dá pra juntar num grupo. Desculpem o clichê. Quero muito escrever o que realmente penso.
Pronto. Juro que acabou.
Ah, só pra ficar claro, eu continuo não gostando de Restart. Acho que eles se encaixam perfeitamente no texto!